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Proporcionar ferramentas para ampliar conhecimento quanto a inclusão de pessoas com deficiência na educação física escolar e esportes, onde a partir da apropriação desse conhecimento através de artigos e informações se possibilite à acadêmicos e profissionais melhor atuação.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Bocha Paralímpica

 


     A bocha paralímpica é uma das 24 modalidades disputadas nas Paralimpíadas de Tóquio 2020 e é exclusiva dos jogos paralímpicos, ou seja, ela não faz parte dos esportes olímpicos para pessoas sem deficiência.

     Para jogar, o atleta utiliza uma quadra de piso liso e marcações específicas, seis bolas vermelhas, seis bolas azuis e uma bola branca. O objetivo principal do jogo é jogar as bolas coloridas o mais perto possível da bola branca.

     Qualquer pessoa que utilize cadeira de rodas pode praticar a modalidade. A bocha é um dos poucos esportes em que homens e mulheres podem competir juntos e pode ser praticado de forma recreativa, competitiva e até como atividade física educativa, se tornando um dos esportes mais inclusivos da competição. 


História da Bocha Paralímpica

     Ainda não é consenso de onde surgiu a bocha em sua versão não adaptada. A maior referência ao esporte na história é de que a modalidade tenha surgido como uma versão em quadra fechada do boliche italiano de grama.

     Já outros dados apontam para que a bocha tenha suas origens na França, devido a sua semelhança com o jogo francês Petanque, popularizado por volta de 1910 em LA Ciotat, próximo à Marselha. 

     Porém, a versão adaptada da bocha só passa a ser praticada a partir de 1970, quando países nórdicos resgataram a modalidade e a adaptaram para que pessoas com paralisia cerebral pudessem praticar o esporte.

     Inicialmente, apenas pessoas com grau muito elevado de comprometimento motor por conta da paralisia cerebral (cuja os quatro membros fossem afetados e o uso de cadeira de rodas seja indispensável).

     Nos dias atuais, a modalidade abrange outros tipos de deficiência, desde que sejam similares à paralisia cerebral, como a tetraplegia, Distrofia Muscular Progressiva, AVC ou outro dano cerebral com função motora progressiva. Além disso, a modalidade pode ser jogada independente do sexo ou da idade, de forma esportiva ou recreativa.


O que é Bocha Paralímpica?

     A bocha paralímpica é jogada em uma quadra lisa e retangular e 13 bolas, sendo seis na cor vermelha, seis na cor azul e uma bola branca, chamada de Jack. O objetivo do jogo é deixar as bolas coloridas o mais próximo possível da bola Jack.

     É possível utilizar os pés, as mãos ou instrumentos de auxílio para que os atletas possam manipular as bolas. Além disso, os jogadores contam também com a ajuda de calheiros, cuja função é operar as calhas de lançamento das bolas, de acordo com o desejo do usuário.


Quadra da bocha paralímpica

     A quadra da bocha deve ser plana, lisa e retangular. Pode ser feita de madeira, cimento ou outro material sintético e deve ter 12,2 metros de comprimento, por 6 metros de largura. 

     A zona de lançamento é dividida em seis boxes, numerados de 1 a 6, onde ficam os jogadores. Já dentro da área de jogo, há uma marcação de linha em “V” que serve para delimitar o limite mínimo da bola Jack.

     Em outras palavras, para que o lançamento da bola branca seja considerado válido, ele precisa ultrapassar a marcação em “V”. O ponto central da área de jogo é marcado por um “X”, onde a bola mestra é colocada no início de cada parcial extra ou quando for colocada para fora do campo.


Equipamentos da bocha paralímpica

     As bolas, tanto as coloridas, quanto a branca, são confeccionadas de material sintético expandido e couro. O tamanho da bola é menor do que o da bola de bocha convencional, além de ser mais leve também, pesando apenas 280 gramas.

     Para os atletas que não conseguem dar uma boa propulsão à bola, pode-se utilizar uma calha, rampa ou canaleta, desde que não possua nenhum tipo de freio. Também é permitido o uso de ponteiras ou agulhas, fixadas na cabeça do jogador, para auxiliar no manejo da bola.


Classificações da bocha paralímpica

     BC3: São os atletas que possuem comprometimento severo dos quatro membros. Nesses casos, o atleta tem direito ao uso da calha e o auxílio do calheiro. 

     BC1: Essa categoria é destinada à atletas com paralisia cerebral que podem jogar com os pés e/ou as mãos. Os atletas BC1 tem direito também a um auxiliar, mas apenas para entregar a bola ao jogador.

     BC2 e BC4: Atletas destas duas categorias não podem receber qualquer ajuda externa. Nestes casos, geralmente é adaptado à cadeira, um cesto para colocar as bolas para arremessar.


Categorias da bocha paralímpica

     Os jogos podem ser disputados individualmente, em pares ou equipes. As equipes também podem ser mistas, onde homens e mulheres competem juntos, sem a necessidade de criar categorias específicas para ambos (feminina e masculina).


As categorias são classificadas em:


Individual BC1

Individual BC2

Individual BC3

Individual BC4

Pares BC3: dois jogadores, somente pertencentes à classe BC3.

Pares BC4: dois jogadores, somente pertencentes à classe BC4:

Equipe: Jogadores pertencentes às classes BC1 e BC2.


Modalidades:

     Jogos individuais e de pares: Nestas modalidades, a partida é composta por quatro parciais e em caso de empate, uma quinta parcial pode ser disputada, chamada de tiebreak.  Nas partidas de duplas cada jogador terá direito a três bolas vermelhas ou azuis para realizar as jogadas.

     Nos jogos individuais, os jogadores devem ocupar os boxes 3 e 4, sendo o boxe 3 reservado para o jogador visitante  (que fica com a cor azul) e o 4 reservado para o jogador local (que fica com a cor vermelha). Já na modalidade de pares, os jogadores locais ocupam os boxes 2 e 4, enquanto os jogadores visitantes os boxes 3 e 5.

     Jogos de equipe: Já nos jogos de equipe, a partida será composta de seis parciais e uma parcial tiebreak caso seja necessário o desempate. Nos jogos de equipe, cada jogador recebe duas bolas, vermelhas ou azuis para executar as suas jogadas

     Nos jogos de equipe, os jogadores locais ficam com os lugares 1, 3 e 5, enquanto os jogadores locais ficam com as posições 2,4 e 6.

     No início da partida, o árbitro deve sortear um time para escolher a cor das bolas. O time que ficar com as bolas de cor vermelha, tem o direito de começar a partida jogando a bola branca.

     Em caso de empate, o tiebreak será disputado com a bola na marcação em “X” no centro da quadra. O jogo acaba quando as bolas de ambos os times acabam ou quando o tempo da partida se esgota.  Cada parcial tem duração de 5 a 8 minutos, de acordo com a categoria do atleta.

     A pontuação é marcada de acordo com a proximidade das bolas coloridas da bola Jack, em relação às bolas do adversário. Em outras palavras, em uma situação em que uma bola azul estiver a 3 centímetros da bola Jack, enquanto a vermelha estiver a 3,5 cm da mesma, o ponto é da bola azul, pois em relação à vermelha, ela está mais próxima da bola branca.

     Cada bola colorida que fica mais próxima da bola branca recebe um ponto (por bola). Desse modo, vence o jogador que tiver maior pontuação ao final de cada parcial.


terça-feira, 2 de maio de 2023

Tênis de Mesa Paralímpico.

     O tênis de mesa começou a ser praticado por pessoas em cadeira de rodas e entrou para o programa dos Jogos Paralímpicos de Roma 1960. A primeira participação de jogadores em pé aconteceu em Toronto 1976, junto com a estreia do Brasil na modalidade.

     No tênis de mesa, participam atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas entre mesatenistas andantes e cadeirantes, com jogos individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem em uma melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem. Em relação ao tênis de mesa convencional, existem apenas algumas diferenças nas regras, como na hora do saque para a categoria cadeirante. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

     Até os Jogos de Pequim 2008, a única conquista brasileira na modalidade havia sido a prata da dupla Welder Knaf e Luiz Algacir. No Rio 2016, a Seleção Brasileira fez a melhor campanha de sua história, com quatro medalhas. Israel Stroh e Bruna Alexandre faturaram prata e bronze, respectivamente, nas disputas individuais da competição. Ainda, o Brasil levou mais dois bronzes, nas disputas por equipes.


DEFICIÊNCIA

     Físico-motora

DISPUTAS

     Individual e por duplas

GÊNERO

     Feminino e masculino

PARTIDAS

     5 sets de 11 pontos

REGRAS

     Para andantes, as regras são as mesmas do Olímpico. Para os cadeirantes, o saque difere


CLASSES NO TÊNIS DE MESA

     Os atletas são divididos em onze classes distintas. Mais uma vez, segue a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físicomotor do atleta. A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, sua força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade de segurar a raquete.


São 11 classes:


CINCO

     (1, 2, 3, 4 e 5) Para cadeirantes

CINCO

     Para andantes (6, 7, 8, 9 e 10)

UMA

     (11) para andantes deficientes intelectuais