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Proporcionar ferramentas para ampliar conhecimento quanto a inclusão de pessoas com deficiência na educação física escolar e esportes, onde a partir da apropriação desse conhecimento através de artigos e informações se possibilite à acadêmicos e profissionais melhor atuação.

segunda-feira, 1 de abril de 2024

CPB divulga premiação a medalhistas brasileiros nos Jogos Paralímpicos

 


O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou nesta quinta-feira, 28, a premiação que será destinada aos atletas brasileiros medalhistas nos Jogos Paralímpicos Paris 2024. O megaevento começará daqui a cinco meses, com a cerimônia de abertura no dia 28 de agosto, e irá até 8 de setembro.

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A distribuição de valores será feita de acordo com a cor da medalha e prevê faixas diferentes de recompensa para modalidades individuais e coletivas. Os atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiros que forem ao pódio também serão gratificados.

Os medalhistas de ouro em provas individuais receberão R$ 250 mil por medalha, enquanto a prata renderá R$ 100 mil cada e o bronze, R$ 50 mil. Os valores que serão repassados aos campeões, vice-campeões e terceiros colocados na capital francesa representam um aumento de 56,25% nas gratificações recebidas pelos atletas que atingiram os mesmos feitos nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. No Japão, cada medalha de ouro rendeu R$ 160 mil, a de prata, R$ 64 mil, e a de bronze, R$ 32 mil. 

Na França, o título paralímpico em modalidades coletivas, por equipes, revezamentos e em pares (bocha) valerá um prêmio de R$ 125 mil por atleta. Já a prata, neste caso, será bonificada com R$ 50 mil e o bronze, com R$ 25 mil. Os esportes coletivos tiveram o mesmo reajuste percentual dos atletas individuais na comparação com os Jogos de Tóquio. Demais integrantes das disputas, atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiros, vão receber 20% da maior medalha conquistada por seu atleta e 10% do valor correspondente a cada pódio seguinte. 

“O aumento das premiações está de acordo com a evolução do esporte paralímpico no Brasil. É o reconhecimento do trabalho feito por nossos atletas e equipes multidisciplinares. Conseguimos chegar a tais números graças aos nossos patrocinadores, em especial, as Loterias Caixa.  Se fizemos uma campanha histórica em Tóquio, com 72 pódios e a distribuição de R$ 7 milhões em gratificações aos nossos medalhistas, esperamos superar todas essas marcas na França. E a julgar pelos resultados no atual ciclo, temos totais condições de atingirmos tais objetivos”, avaliou Mizael Conrado, presidente do CPB e bicampeão paralímpico no futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008).

Para Paris, o CPB tem a expectativa de convocar cerca de 250 atletas. A delegação brasileira, até o momento, assegurou sua participação nas seguintes modalidades, com 150 atletas: atletismo, natação, vôlei sentado (masculino e feminino), goalball (masculino e feminino), futebol de cegos, ciclismo, hipismo, canoagem, remo, taekwondo, tiro esportivotiro com arcobocha e tênis de mesa. A convocação final será feita em três partes: duas em junho e uma em julho. 

Na última edição, em Tóquio, foram 235 esportistas. O recorde de participantes brasileiros foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas em todas as 22 modalidades. 

Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze), ou seja, está a 27 do seu 400º pódio no evento. Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a sua melhor campanha com 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida nos Jogos do Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, superando as 21 de Londres 2012. Ainda foram mais 20 pratas e 30 bronzes no Japão.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Parabadminton!

 


Como é disputado

​     O parabadminton é um esporte jogado com raquete e peteca que, em seu formato paralímpico, é praticado por atletas com deficiência física. No entanto, também é praticado por atletas com deficiência intelectual e surdos. 

     A modalidade é disputada em uma quadra retangular e suas dimensões podem variar de acordo com as classes, utilizando-se as marcações de uma quadra oficial de badminton. 

     O jogo é disputado em melhor de 3 games de 21 pontos, vence quem ganhar 2 games. Para se fazer o ponto é necessário que a peteca toque o chão da quadra do adversário ou que ele cometa um erro, como jogar a peteca para fora da quadra. Muitas pessoas comparam o badminton/parabadminton ao xadrez, por exigir jogadas estratégicas e alto grau de concentração. 


Quem pode praticar?

     Amputados, paralisados cerebrais, lesados medulares, entre outras deficiências físicas.


 A classificação na modalidade

​     O esporte possui 6 divisões de classes:


WH1 e WH2 - cadeirantes

SL3 e SL4 - andantes com comprometimento do(s) membro(s) inferior(es)

SU5 - andante com comprometimento do(s) membro(s) superior(es)

SH6 - baixa estatura


​     Existem 5 formas de disputas: simples (individual) masculina/feminina, duplas masculina/feminina e dupla mista. Algumas duplas são formadas por atletas de classes diferentes, com exceção da SH6 que, oficialmente, não forma dupla com nenhuma outra classe.

     Nas 3 classes mais baixas (maior comprometimento), os jogos de simples são disputados em meia-quadra.


Quadra de simples

WH1 e WH2

Quadra de simples

SL3


Descrição da Modalidade

     Gasto Calórico


     Impacto

     Contato entre Competidores

     Nos jogos de duplas WH1 e WH2 usa-se a quadra toda, mas a área da rede é uma zona morta.


Quadra de duplas

WH1 e WH2


     Nas 3 classes mais altas (menor comprometimento), as dimensões da quadra e as regras são iguais ao convencional. A SL3 faz junção de classe com a SL4 nas duplas masculina e com a SU5 nas duplas femininas e mistas.


Quadra de simples

SL4, SU5 e SH6


Quadra de duplas

SL3, SL4, SU5 e SH6


     Em todas as partidas de duplas, e nas 3 classes mais altas, o serviço é sempre feito de forma cruzada.


A modalidade no Brasil

     O parabadminton é gerido nacionalmente pela Confederação Brasileira de Badminton (CBBd). Mais informações em www.badminton.org.br.


O Parabadminton Brasileiro nos Jogos Paralímpicos

     O Brasil nunca conquistou uma medalha nesta modalidade.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Vôlei Sentado.

 


História

     O vôlei sentado surgiu da junção do vôlei convencional com um esporte alemão praticado por pessoas com pouca mobilidade, mas sem rede, chamado sitzbal. A união das duas modalidades fez surgir o vôlei sentado em 1956. Utilizando basicamente as regras do vôlei, o esporte tem um ritmo frenético e é disputado oficialmente desde as Paraolimpíadas de Arnhem-1980, na Holanda. Em Toronto-1976 apareceu como exibição.

     Quando entrou no programa paraolímpico, o vôlei sentado dividia espaço com a modalidade disputada em pé. Após 24 anos compartilhando os holofotes, a modalidade ganhou destaque de vez a partir dos Jogos de Atenas-2004, quando o vôlei paraolímpico passou a ser disputado apenas com os atletas sentados.

     Podem competir no vôlei sentado jogadores amputados, paralisados cerebrais, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora. Uma das regras principais do esporte é que os atletas não podem bater na bola sem estar em contato com o solo.


As provas

     Masculino e feminino.


Classificação

     O sistema de classificação funcional do voleibol é dividido, portanto, entre amputados e les autres. Para amputados, são nove classes básicas baseadas nos seguintes códigos:


AK

Acima ou através da articulação do joelho (above knee)


BK

Abaixo do joelho, mas através ou acima da articulação tálus-calcanear (below knee)


AE

Acima ou através da articulação do cotovelo (above elbow)


BE

Abaixo do cotovelo, mas através ou acima da articulação do pulso (below elbow)


Classe A1

Duplo AK


Classe A2

AK Simples


Classe A3

Duplo BK


Classe A4

BK Simples


Classe A5

Duplo AE


Classe A6

AE Simples


Classe A7

Duplo BE


Classe A8

BE Simples


Classe A9

Amputações combinadas de membros inferiores e superiores

     Em les autres são enquadradas pessoas com alguma deficiência locomotora. Atletas pertencentes a categorias de amputados, paralisados cerebrais ou afetados na medula espinhal (paratetra-pólio) podem participar de alguns eventos pela classificação les autres.


Curiosidades


Mulheres só em Atenas

     Entre os Jogos de Arnhem-1980 e Sidney-2000, apenas os homens participaram das disputas do vôlei sentado. A estreia das mulheres só ocorreu nos Jogos de Atenas-2004. Naquele ano, seis equipes brigaram pelas primeiras medalhas femininas da modalidade. O ouro ficou com a China, que venceu a Holanda por 3 sets a 1 na final. As holandesas conquistaram a prata. Já o bronze foi para os Estados Unidos, que derrotaram a Eslovênia também por 3 sets a 1.

     O Brasil não participou do vôlei sentado feminino até as Paraolimpíadas de Londres-2012. As brasileiras caíram justamente no grupo da China e dos Estados Unidos e acabaram eliminadas na primeira fase. A seleção verde e amarelo, no entanto, venceu a Grã-Bretanha e a Eslovênia para ficar com a 5ª posição em sua estreia paraolímpica.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Bocha Paralímpica

 


     A bocha paralímpica é uma das 24 modalidades disputadas nas Paralimpíadas de Tóquio 2020 e é exclusiva dos jogos paralímpicos, ou seja, ela não faz parte dos esportes olímpicos para pessoas sem deficiência.

     Para jogar, o atleta utiliza uma quadra de piso liso e marcações específicas, seis bolas vermelhas, seis bolas azuis e uma bola branca. O objetivo principal do jogo é jogar as bolas coloridas o mais perto possível da bola branca.

     Qualquer pessoa que utilize cadeira de rodas pode praticar a modalidade. A bocha é um dos poucos esportes em que homens e mulheres podem competir juntos e pode ser praticado de forma recreativa, competitiva e até como atividade física educativa, se tornando um dos esportes mais inclusivos da competição. 


História da Bocha Paralímpica

     Ainda não é consenso de onde surgiu a bocha em sua versão não adaptada. A maior referência ao esporte na história é de que a modalidade tenha surgido como uma versão em quadra fechada do boliche italiano de grama.

     Já outros dados apontam para que a bocha tenha suas origens na França, devido a sua semelhança com o jogo francês Petanque, popularizado por volta de 1910 em LA Ciotat, próximo à Marselha. 

     Porém, a versão adaptada da bocha só passa a ser praticada a partir de 1970, quando países nórdicos resgataram a modalidade e a adaptaram para que pessoas com paralisia cerebral pudessem praticar o esporte.

     Inicialmente, apenas pessoas com grau muito elevado de comprometimento motor por conta da paralisia cerebral (cuja os quatro membros fossem afetados e o uso de cadeira de rodas seja indispensável).

     Nos dias atuais, a modalidade abrange outros tipos de deficiência, desde que sejam similares à paralisia cerebral, como a tetraplegia, Distrofia Muscular Progressiva, AVC ou outro dano cerebral com função motora progressiva. Além disso, a modalidade pode ser jogada independente do sexo ou da idade, de forma esportiva ou recreativa.


O que é Bocha Paralímpica?

     A bocha paralímpica é jogada em uma quadra lisa e retangular e 13 bolas, sendo seis na cor vermelha, seis na cor azul e uma bola branca, chamada de Jack. O objetivo do jogo é deixar as bolas coloridas o mais próximo possível da bola Jack.

     É possível utilizar os pés, as mãos ou instrumentos de auxílio para que os atletas possam manipular as bolas. Além disso, os jogadores contam também com a ajuda de calheiros, cuja função é operar as calhas de lançamento das bolas, de acordo com o desejo do usuário.


Quadra da bocha paralímpica

     A quadra da bocha deve ser plana, lisa e retangular. Pode ser feita de madeira, cimento ou outro material sintético e deve ter 12,2 metros de comprimento, por 6 metros de largura. 

     A zona de lançamento é dividida em seis boxes, numerados de 1 a 6, onde ficam os jogadores. Já dentro da área de jogo, há uma marcação de linha em “V” que serve para delimitar o limite mínimo da bola Jack.

     Em outras palavras, para que o lançamento da bola branca seja considerado válido, ele precisa ultrapassar a marcação em “V”. O ponto central da área de jogo é marcado por um “X”, onde a bola mestra é colocada no início de cada parcial extra ou quando for colocada para fora do campo.


Equipamentos da bocha paralímpica

     As bolas, tanto as coloridas, quanto a branca, são confeccionadas de material sintético expandido e couro. O tamanho da bola é menor do que o da bola de bocha convencional, além de ser mais leve também, pesando apenas 280 gramas.

     Para os atletas que não conseguem dar uma boa propulsão à bola, pode-se utilizar uma calha, rampa ou canaleta, desde que não possua nenhum tipo de freio. Também é permitido o uso de ponteiras ou agulhas, fixadas na cabeça do jogador, para auxiliar no manejo da bola.


Classificações da bocha paralímpica

     BC3: São os atletas que possuem comprometimento severo dos quatro membros. Nesses casos, o atleta tem direito ao uso da calha e o auxílio do calheiro. 

     BC1: Essa categoria é destinada à atletas com paralisia cerebral que podem jogar com os pés e/ou as mãos. Os atletas BC1 tem direito também a um auxiliar, mas apenas para entregar a bola ao jogador.

     BC2 e BC4: Atletas destas duas categorias não podem receber qualquer ajuda externa. Nestes casos, geralmente é adaptado à cadeira, um cesto para colocar as bolas para arremessar.


Categorias da bocha paralímpica

     Os jogos podem ser disputados individualmente, em pares ou equipes. As equipes também podem ser mistas, onde homens e mulheres competem juntos, sem a necessidade de criar categorias específicas para ambos (feminina e masculina).


As categorias são classificadas em:


Individual BC1

Individual BC2

Individual BC3

Individual BC4

Pares BC3: dois jogadores, somente pertencentes à classe BC3.

Pares BC4: dois jogadores, somente pertencentes à classe BC4:

Equipe: Jogadores pertencentes às classes BC1 e BC2.


Modalidades:

     Jogos individuais e de pares: Nestas modalidades, a partida é composta por quatro parciais e em caso de empate, uma quinta parcial pode ser disputada, chamada de tiebreak.  Nas partidas de duplas cada jogador terá direito a três bolas vermelhas ou azuis para realizar as jogadas.

     Nos jogos individuais, os jogadores devem ocupar os boxes 3 e 4, sendo o boxe 3 reservado para o jogador visitante  (que fica com a cor azul) e o 4 reservado para o jogador local (que fica com a cor vermelha). Já na modalidade de pares, os jogadores locais ocupam os boxes 2 e 4, enquanto os jogadores visitantes os boxes 3 e 5.

     Jogos de equipe: Já nos jogos de equipe, a partida será composta de seis parciais e uma parcial tiebreak caso seja necessário o desempate. Nos jogos de equipe, cada jogador recebe duas bolas, vermelhas ou azuis para executar as suas jogadas

     Nos jogos de equipe, os jogadores locais ficam com os lugares 1, 3 e 5, enquanto os jogadores locais ficam com as posições 2,4 e 6.

     No início da partida, o árbitro deve sortear um time para escolher a cor das bolas. O time que ficar com as bolas de cor vermelha, tem o direito de começar a partida jogando a bola branca.

     Em caso de empate, o tiebreak será disputado com a bola na marcação em “X” no centro da quadra. O jogo acaba quando as bolas de ambos os times acabam ou quando o tempo da partida se esgota.  Cada parcial tem duração de 5 a 8 minutos, de acordo com a categoria do atleta.

     A pontuação é marcada de acordo com a proximidade das bolas coloridas da bola Jack, em relação às bolas do adversário. Em outras palavras, em uma situação em que uma bola azul estiver a 3 centímetros da bola Jack, enquanto a vermelha estiver a 3,5 cm da mesma, o ponto é da bola azul, pois em relação à vermelha, ela está mais próxima da bola branca.

     Cada bola colorida que fica mais próxima da bola branca recebe um ponto (por bola). Desse modo, vence o jogador que tiver maior pontuação ao final de cada parcial.


terça-feira, 2 de maio de 2023

Tênis de Mesa Paralímpico.

     O tênis de mesa começou a ser praticado por pessoas em cadeira de rodas e entrou para o programa dos Jogos Paralímpicos de Roma 1960. A primeira participação de jogadores em pé aconteceu em Toronto 1976, junto com a estreia do Brasil na modalidade.

     No tênis de mesa, participam atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas entre mesatenistas andantes e cadeirantes, com jogos individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem em uma melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem. Em relação ao tênis de mesa convencional, existem apenas algumas diferenças nas regras, como na hora do saque para a categoria cadeirante. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

     Até os Jogos de Pequim 2008, a única conquista brasileira na modalidade havia sido a prata da dupla Welder Knaf e Luiz Algacir. No Rio 2016, a Seleção Brasileira fez a melhor campanha de sua história, com quatro medalhas. Israel Stroh e Bruna Alexandre faturaram prata e bronze, respectivamente, nas disputas individuais da competição. Ainda, o Brasil levou mais dois bronzes, nas disputas por equipes.


DEFICIÊNCIA

     Físico-motora

DISPUTAS

     Individual e por duplas

GÊNERO

     Feminino e masculino

PARTIDAS

     5 sets de 11 pontos

REGRAS

     Para andantes, as regras são as mesmas do Olímpico. Para os cadeirantes, o saque difere


CLASSES NO TÊNIS DE MESA

     Os atletas são divididos em onze classes distintas. Mais uma vez, segue a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físicomotor do atleta. A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, sua força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade de segurar a raquete.


São 11 classes:


CINCO

     (1, 2, 3, 4 e 5) Para cadeirantes

CINCO

     Para andantes (6, 7, 8, 9 e 10)

UMA

     (11) para andantes deficientes intelectuais

 

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Atletismo Paralímpico.

     O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Ele é disputado em pistas oficiais de 400 metros, contendo 6 ou 8 raias, com piso adequado, sendo de borracha ou similar, seguindo as regras oficiais da modalidade (sugeridas pela CBAt, com suas adequações do World Parathletics). 

     O Atletismo contempla provas de pista e campo, além de provas de rua, sendo elas:


Provas de Pista:

     Velocidades : 100m, 200m, 400, rev. 4x400m e rev. 4x100m

     Meio fundo: 800m, 1.500m

     Fundo: 5.000, 10.000m

     Salto em distância

     Salto em altura

     Salto Triplo 


Provas de Campo:

     Lançamento de disco e club

     Lançamento de dardo

     Arremesso de peso

 

Provas de Rua 

     Maratona – 42km

     Meia Maratona – 21km

     10km

      Em comparação com o atletismo olímpico, o atletismo paralímpico não possui as provas de salto com vara, arremesso de martelo, além das corridas com barreira e obstáculos.


 Quem pode praticar?

      Deficientes visuais, deficientes intelectuais, amputados, paralisados cerebrais, lesados medulares, entre outras deficiências físicas.

A classificação na modalidade

     Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional. Os que disputam provas de pista (velocidade, meio fundo, fundo e saltos) e de rua (maratona), levam a letra T (Track) em sua classe:


T11 a T13 | Deficiências visuais

T20 |Deficiências intelectuais

T31 a T38 | Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes: 35 a 38 para andantes)

T40 e T41 |Anões

T42 a T44 |Deficiência nos membros inferiores

T45 a T47 |Deficiência nos membros superiores

T51 a T54 |Competem em cadeiras de rodas

T61 a T64 |Amputados de membros inferiores com prótese

     Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos, lançamentos) são identificados com a letra F (Field) na classificação:


F11 a F13 | Deficiências visuais

F20 | Deficiências intelectuais

F31 a F38 | Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes: 35 a 38 para andantes)

F40 e F41 | Baixa Estatura

F42 a F46 | Amputados ou deficiência nos membros superiores ou inferiores (F42 a F44 para membros inferiores e F45 a F46 para membros superiores)

F51 A F57 | Competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações).

 

     Sobre os atletas com deficiências visuais temos:

Atleta-guia e apoio

T11 | Corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em distância, é auxiliado por um apoio.

T12 | Atleta-guia e apoio, no salto, são opcionais.

T13 | Não pode usar atleta-guia e nem ser auxiliado por um apoio no salto.


A modalidade no Brasil

     O atletismo é gerido nacionalmente pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, que atua também como confederação desta modalidade. Mais informações em www.cpb.org.br.


terça-feira, 14 de março de 2023

Brasil encerra Aberto Paralímpico de tênis de mesa com 10 medalhas na Espanha.

Aberto Paralímpico de tênis de mesa da Espanha, disputado em Platja D'Aro, entre os dias 9 e 11 de março, contou com dez pódios brasileiros. Foram três ouros, duas pratas e cinco bronzes. 

No último dia da competição, 11, nas duplas mistas, Bruna Alexandre e Paulo Henrique Fonseca conquistaram o ouro na classe 17-20. Já Israel Stroh e Paulo Salmin ficaram com a prata na classe 14. Paulo Henrique Fonseca também voltou ao pódio após conquistar o bronze ao lado do Belga Ben Despineux, pela classe 14.

Outra atleta do Brasil a conquistar bronze no sábado foi Joyce Oliveira. Ela ficou em terceiro lugar em duas oportunidades. Em ambas, com compatriotas: Thais Severo, nos jogos da classe 5 e com Fábio Silva na disputa da classe 7-10. Marliane Santos, que contou com a parceria de Caroline Odaia Tabib, de Israel, também ficou com o terceiro lugar na classe 5. 

''Primeiro campeonato do ano e a primeira vez que joguei duplas com o Paulo Henrique. Jogamos contra duplas diferentes, com diversos estilos de jogos. Foi um campeonato positivo. É uma grande preparação para as próximas competições, visando Paris 2024'', explicou Bruna Alexandre, que também foi ouro na chave de simples (classe 10). 

''Estou muito feliz com o resultado. Jogamos bem e superamos as adversidades quando foi preciso. Mesmo com alguns pequenos erros, conseguimos consertar na mesa e conquistamos essa medalha'', declarou Paulo Henrique. 

No final, os brasileiros venceram a dupla espanhola Ander Cepas e Olaia Martinez, por 3 sets a 1 (9/11, 11/5, 13/11 e 11/7) e subiram ao lugar mais alto do pódio.

Prata para Israel Stroh e Paulo Salmin e bronze para Paulo Henrique na classe 14
A única medalha de prata brasileira do dia ficou por conta da dupla Paulo Salmin e Israel Stroh. Os brasileiros enfrentaram os franceses Esteban Herrault e Clement Berthier na final da classe 14. No fim, melhor para os adversários, que conquistaram o ouro com 3 sets a 1 no placar, com parciais de 11/8, 11/9, 7/11 e 6/11.

Antes disso, nas semifinais, a dupla brasileira deixou para trás outro atleta de nosso país: Paulo Henrique Fonseca, que fazia dupla com o belga Ben Despineux: 3 sets a 2. O resultado garantiu a medalha de bronze para Paulo.

Joyce Oliveira sobe ao pódio pela terceira vez na Espanha e Marliane Santos conquista o bronze
Após conquistar o terceiro lugar no individual, foi a vez de Joyce chegar às semifinais em duplas. E isso aconteceu duas vezes no Aberto Paralímpico da Espanha.

Na dupla com Thais Severo, derrota para Gyu Lee Mi e Kyoung Shin Mi, da Coreia do Sul, por 3 sets a 0.

Já pela classe 7-10, Joyce Oliveira e Fábio Silva sofreram um revés por 3 a 1 para a dupla Thomas Oliver Bruecchle e Sandra Mikolaschek, da Alemanha. Marliane Santos, que jogou com Caroline Odaia Tabib, de Israel, foi superada nas semifinais da classe 5 e também ficou com o bronze.

Outros resultados do Brasil na Espanha
O Brasil teve um representante na fase única da disputa da classe 22 de duplas masculinas. Thiago Gomes contou com a parceria de Timo Averjanov, da Finlândia e ficou com a terceira colocação do grupo. 

Disputando os jogos da classe 4, Iranildo Espindola e Guilherme Costa chegaram até a fase de quartas de final, mas foram superados por Young Dae Joo e Chang Young Kang, da Coreia do Sul por 3 sets a 0.

Já Fábio Silva se despediu da disputa de duplas na classe 8 após sofrer revés por 3 sets a 1 para a dupla Jan Guertler e Thomás Bruechle, da Alemanha. O brasileiro fez dupla com Jae Park, da Coreia do Sul).

Simples
O Brasil conquistou outras medalhas em disputas individuais: Bruna Alexandre e Israel Stroh (ouro), Thais Severo (prata) e Joyce Oliveira (bronze). 

*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

Patrocínios
O tênis de mesa é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
A atleta Bruna Alexandre é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
A atleta Bruna Alexandre é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 

terça-feira, 7 de março de 2023

Circuito Loterias Caixa de halterofilismo se encerra com dois recordes nacionais quebrados

 

1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de halterofilismo se encerrou neste domingo, 5, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com dois recordes nacionais quebrados. 

Além da nova marca brasileira estabelecida pela paulista e campeã paralímpica Mariana D’Andrea, na categoria até 79 kg, no sábado, 4, em prova transmitida pelo YouTube e Facebook do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), houve também um novo recorde registrado na categoria masculina acima de 107 kg, neste domingo. 

O carioca Gustavo de Souza, 23, representante da Associação Desportiva Almirante Adalberto Nunes (ADAAN/RJ), levantou 212 kg na competição e superou sua própria marca de 205 kg, alcançada em uma das etapas do Meeting Loterias Caixa de halterofilismo de 2022, disputada também no CT Paralímpico, na capital paulista, no último mês de dezembro. 

Os 212 kg foram suportados na segunda tentativa de Gustavo. O carioca ainda tentou levantar 218 kg em seu terceiro e último movimento, porém a arbitragem o invalidou. Caso tivesse a marca validada, o halterofilista atingiria o índice para disputar o Mundial de halterofilismo de Dubai 2023, marcado entre os dias 22 e 30 de agosto.

“Já estava trabalhando para buscar os 218 kg. Consegui fazer os 212 kg tranquilamente, mas a marca para o Mundial vai ficar para o Brasileiro [de halterofilismo, que vai ser disputado em abril, no CT Paralímpico]. Nos treinos, já levanto 218 kg. Agora, preciso fazer alguns ajustes técnicos e ter mais intimidade com a carga para realizar o movimento perfeito”, analisou o atleta, que teve a perna direita amputada por ter nascido com má-formação no membro.  

A 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de halterofilismo teve 118 atletas inscritos, entre eles, halterofilistas que representaram o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Além do Circuito, o Campeonato Brasileiro, que ocorrerá nos próximos dias 14 e 15 de abril, no CT Paralímpico, será outra oportunidade para os atletas atingirem índice ao Mundial da modalidade.

Patrocínios
O halterofilismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
A atleta Mariana D'Andrea é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
A atleta Mariana D'Andrea é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

domingo, 19 de fevereiro de 2023

CPB lança Código Nacional de Classificação Esportiva Paralímpica.


     O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou nesta sexta-feira, 17, o Código Nacional de Classificação Esportiva Paralímpica (CNCEP), durante live realizada nas dependências do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.


     O material tem por objetivo padronizar as regras, políticas, e procedimentos da Classificação Esportiva Paralímpica em todo o território nacional. O guia vai servir de base para todas as modalidades paralímpicas e foi aprovado pelo Conselho de Atletas do CPB e por um Conselho Técnico formado por representantes de cada confederação dos esportes integrantes do programa dos Jogos Paralímpicos.

BAIXE AQUI O CÓDIGO NACIONAL DE CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA

     "Esta é mais uma ação do Comitê Paralímpico Brasileiro que contribui com a profissionalização do Movimento Paralímpico em todo o território nacional e, consequentemente, na inclusão da pessoa com deficiência na sociedade, uma das nossas missões como instituição. Além disso, com esse Código Nacional, conseguimos atingir um maior aproveitamento do potencial das pessoas com deficiência para a prática desportiva", afirmou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do CPB.

     O Código Nacional de Classificação Esportiva vai abranger todos os tipos de avaliação – funcional, oftalmológica e intelectual. Vai ser aplicável a competições regionais e nacionais organizadas ou chanceladas pelo CPB e entidades nacionais. 

     A elaboração deste documento obedeceu às diretrizes do Código Internacional de Classificação Esportiva do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). 

     "A ideia é a gente conseguir unificar a Classificação e ter um documento de suporte para todas as entidades nacionais que atuam no Movimento Paralímpico. O Código vai servir como um instrumento de base para que todos possam seguir os protocolos, as diretrizes e as políticas da Classificação. E, mais do que isso, é conseguir levar a informação sobre o Código Internacional para todos os envolvidos no esporte paralímpico, como atletas, fisioterapeutas, treinadores, gestores etc", completou João Paulo Casteleti, coordenador de Classificação do CPB.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Paris 2024 apresenta pictogramas da próxima edição dos Jogos Paralímpicos.


     O Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 apresentou a identidade visual e os pictogramas de cada uma das modalidades presentes no megaevento, que ocorrerá na capital francesa, entre os dias 28 de agosto e 4 de setembro do ano que vem. 


   De acordo com o Comitê, todo o projeto representa "a elegância e a criatividade da arte francesa, trasmitindo a ambição inovadora e ousada de Paris 2024". Representados sob as formas de brasões, os desenhos também simbolizam uma inovação estilística, que celebra a união das diferentes comunidades esportivas durante os Jogos. 

     O programa do megaevento será composto por 22 modalidades: badminton, bocha, futebol de cegos, goalball, judô, canoagem, hipismo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, esgrima em cadeira de rodas, basquete em cadeira de rodas, tiro com arco, atletismo, halterofilismo, vôlei sentado, natação, remo, tiro esportivo, taekwondo, triatlo, rúgbi em cadeira de rodas e ciclismo. No entanto, há 23 pictogramas, pois o Comitê Organizador fez um para o ciclismo de estrada e outro para o de pista. 

     A tabela completa dos Jogos de Paris 2024, com o horário local, está disponível neste link e sujeita a alterações até o final do evento. A capital francesa está quatro horas à frente de Brasília. 

     As provas terão início no dia seguinte à cerimônia de abertura, no dia 29 de agosto de 2024, uma quinta-feira, com disputas de rúgbi em cadeira de rodas, taekwondo, tiro com arco, bocha, tênis de mesa, goalball, basquete em cadeira de rodas, badminton, natação, vôlei sentado e ciclismo. 

     As primeiras medalhas serão entregues neste mesmo dia no taekwondo (três medalhas), natação (16 medalhas) e ciclismo (quatro medalhas). Ao todo, 23 medalhas serão entregues no dia 29 de agosto. 

     A competição contará com um número recorde de medalhas para mulheres. No dia 8 de setembro, o último do megaevento, a maioria das disputas será feminina. Quatorze medalhas serão concedidas para elas, em disputas de basquete em cadeira de rodas, halterofilismo, atletismo e canoagem. 

Os ingressos para os Jogos de Paris 2024 começarão a ser vendidos ainda neste ano, com valores a partir de 15 euros (aproximadamente R$ 83 na cotação atual). 

*Com informações do Comitê Paralímpico Internacional (IPC).
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)